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sábado, 31 de dezembro de 2011

Policiais e manifestantes se enfrentam na cidade síria de Duma

Marca de bala é vista em vidro de carro nesta quinta-feira (29) na cidade síria de Homs (Foto: AP)As forças de segurança da Síria usaram nesta sexta-feira (30) bombas de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar mais de 60 mil manifestantes, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Entre 60 e 70 mil manifestantes avançavam em direção ao edifício da prefeitura" em Duma, onde encontram-se supostamente os observadores da Liga Árabe, disse o OSDH, uma organização sediada na Grã-Bretanha.
Segundo a fonte, trata-se da "maior manifestação" em Duma desde o início da rebelião, em 15 de março.
'Trégua'
O Exército Livre Sírio, grupo armado de oposição ao governo, ordenou que suas forças interrompam as ações ofensivas, à espera de uma reunião com a delegação da Liga Árabe que monitora o compromisso do presidente -Assad com um plano de paz para o país, disse o comandante dos rebeldes nesta sexta.
O coronel Riad al Assad disse que suas forças por enquanto não puderam conversar com os monitores, e que ele está buscando um contato urgente. A delegação estrangeira chegou na semana passada à Síria, para uma missão de um mês.
O coronel Assad está baseado na Turquia, e não está claro até que ponto suas ordens são atendidas pelos rebeldes.
O presidente Assad, aceitou recentemente um plano de paz da Liga Árabe destinado a acabar com a violência na Síria. A ONU estima que mais de 5.000 pessoas já morreram desde março, a maioria na repressão a protestos pacíficos pela democratização do país.
O plano da Liga Árabe prevê a retirada das Forças Armadas das cidades onde há protestos, a libertação de presos políticos e o início de um diálogo com a oposição.
A missão regional de monitoramento tem despertado ceticismo, por causa da sua dimensão limitada, da sua composição e do fato de depender da logística do governo sírio. O desconforto da oposição com a missão se agravou depois de uma declaração do chefe dos monitores, um general sudanês, que disse ter tido uma primeira impressão "tranquilizadora".
O general sudanês Mustafa al Dabi, acusado por alguns de ligação com crimes de guerra ocorridos na década de 1990 na região de Darfur, fez na terça-feira uma rápida visita à cidade de Homs, epicentro dos confrontos, e disse não ter visto "nada de assustador".
Vídeos gravados por ativistas em Homs nos últimos meses mostram o rastro de morte e destruição deixado pela repressão militar, e ativistas dizem que centenas de pessoas morreram na cidade nos últimos meses.
Não é possível verificar de forma independente esses relatos, uma vez que o governo sírio expulsou a maior parte dos correspondentes estrangeiros do país.

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