Pelo menos oito pessoas morreram na sexta-feira (16) e outras 299 ficaram feridas no Egito, em choques entre manifestantes e militares junto à sede do Conselho de Ministros, no centro do Cairo, informou neste sábado (17) o subsecretário de Saúde Adel Adaui, segundo a agência de notícias estatal 'Mena'.
Uma fonte dos serviços de segurança disse às agências internacionais de notícias que os soldados detiveram também vários participantes dos distúrbios - sem mencionar o número de detidos, e na manhã deste sábado puseram fim à manifestação junto à sede governamental.
A televisão egípcia afirmou que o Exército instalou cercas nas proximidades do edifício do Conselho de Ministros para impedir o retorno dos manifestantes.
Segundo uma testemunha, que se identificou como Walid, porém, as forças armadas não conseguiram dispersar os manifestantes, que só desistiram dos protestos após serem convencidos por civis mais velhos a evitarem mais vítimas.
O grupo opositor Irmandade Muçulmana condenou os distúrbios e reconheceu estar "impressionado" após ver que o Exército "matou cidadãos e feriu muitos deles em Maspero, na rua Muhamad Mahmoud e recentemente nas ruas do Parlamento e de Qasr al Aini".
A Irmandade Muçulmana se queixou em comunicado que "nenhum dos militares responsáveis por estes crimes foi castigado".
Os distúrbios ocorreram enquanto acontece a apuração de votos do primeiro turno da segunda etapa das eleições parlamentares egípcias, as primeiras após o triunfo da revolução.
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